A maior mudança no sistema tributário brasileiro em décadas começa a tomar forma e promete impactar diretamente empresas de todos os setores. A Reforma Tributária, aprovada pelo Congresso e prevista para ser implementada gradualmente a partir de 2026, alterará a forma como impostos são cobrados, simplificando tributos e exigindo uma nova estrutura contábil por parte das companhias.
Especialistas alertam que, embora o objetivo da reforma seja tornar o sistema mais eficiente e reduzir a complexidade atual, as empresas precisam se preparar com antecedência para evitar impactos financeiros negativos e garantir conformidade com as novas regras fiscais.
Novos tributos exigem atualização dos sistemas de gestão
Uma das mudanças mais significativas é a substituição de impostos como PIS e Cofins pela Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), e do ICMS e ISS pelo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). Para as empresas, isso significa que será necessário atualizar seus sistemas de gestão (ERP) para garantir que a emissão de notas fiscais e os cálculos de tributos estejam corretos.
“Empresas que não realizarem essa adaptação correm o risco de enfrentar problemas fiscais e operacionais, além de dificuldades no cumprimento de obrigações acessórias”, alerta a Receita Federal em documento recente sobre a reforma.
Transição gradual até 2033
O novo sistema tributário será implementado aos poucos para que empresas e governos possam se adaptar às mudanças. De acordo com o cronograma oficial, entre 2026 e 2028, a CBS começará a substituir o PIS e a Cofins. Já o IBS entrará em vigor de forma definitiva apenas em 2033, após um período de sobreposição com o ICMS e o ISS.
A adaptação progressiva significa que os empresários precisarão lidar com dois sistemas simultaneamente durante a transição, o que pode gerar desafios operacionais. Por isso, especialistas recomendam que as empresas comecem a ajustar seus processos desde já para evitar problemas no futuro.
Empresas precisarão reavaliar seus custos e precificação
Outro ponto de atenção é a mudança na carga tributária. Estima-se que setores como serviços, que tradicionalmente pagam menos impostos sobre produtos, possam sofrer um aumento na tributação. Por outro lado, algumas indústrias podem ter um pequeno alívio fiscal.
“A nova alíquota única pode gerar efeitos diferentes para cada setor, tornando essencial a revisão dos custos operacionais e da precificação de produtos e serviços”, afirma um relatório do Ministério da Fazenda.
Empresas devem avaliar sua cadeia de fornecimento e verificar se precisarão renegociar contratos para evitar repasses excessivos de custos aos consumidores.
O impacto no dia a dia das empresas
Além da simplificação dos tributos, outro ponto que exigirá atenção é o novo sistema de arrecadação, que passará a ser baseado no princípio de destino. Isso significa que os impostos serão cobrados no local onde o bem ou serviço for consumido, e não mais onde for produzido. Esse modelo já é adotado em países europeus e busca equilibrar a arrecadação entre estados e municípios.
Para empresários, essa mudança pode trazer desafios na estruturação do planejamento tributário, tornando essencial a criação de um mapa da carga tributária considerando as operações de origem e destino.
Planejamento agora é essencial
Com as mudanças já aprovadas e um cronograma definido, o planejamento tributário para os próximos anos se torna indispensável. “Aqueles que deixarem para se adaptar na última hora correm o risco de pagar mais impostos do que o necessário ou enfrentar penalidades por descumprimento de obrigações”, alerta um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
A orientação dos especialistas é clara: empresas devem revisar seus processos fiscais, atualizar seus sistemas e buscar consultoria especializada para garantir uma transição tranquila para o novo modelo tributário.
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